terça-feira, 10 de janeiro de 2017

sábado, 29 de outubro de 2011

AVALIAÇÁO DE CAMPANHA SALARIAL SERPRO E DATAPREV

AVALIAÇÃO DE CAMPANHA SALARIAL SERPRO E DATAPREV 2009/2011


A campanha salarial 2009/2011 das empresas estatais trouxe de volta um dado há tempos esquecido: a "PROPOSTA DE ACT para DOIS ANOS", que acabou por influenciar todo o processo de construção da pauta nacional e das negociações. Este fato foi protagonizado pelos trabalhadores e trabalhadoras da Bahia que, através dos seus representantes, encaminharam para a Plenária Nacional de Campanha "PROPOSTA de ACT para DOIS ANOS" nas Cláusulas Sociais e Sindicais, que foi referendada pela PLENÁRIA NACIONAL e passou a compor a pauta a ser negociada pelas empresas.

A questão é que a proposta enviada pela Bahia e referendada pelos demais estados acabou servindo de base para que as empresas apresentassem proposta para dois anos, inclusive nas Cláusulas Financeiras, com o argumento de que não existem Cláusulas Sociais e Sindicais sem impacto financeiro, a exemplo do auxilio creche e outros.

Como sabemos, pauta e processo negocial elaborados e articulados nacionalmente são os pilares da nossa organização. A unidade dos trabalhadores e trabalhadoras da FENADADOS se dá do "local" de trabalho para as assembleias expressando plenamente o método democrático.

Mesmo assim, uma nuvem foi jogada sobre a origem das negociações de dois anos, que partiu do sindicato da Bahia, no qual uma pequena parte da diretoria faz oposição a FENADADOS e que foi a provado no estado do RS. É certo que os delegados e delegadas de todo o Brasil referendaram a reivindicação, mas é importante que fique esclarecida a verdade dos fatos e denunciada a manobra escusa de quem colocou à frente o seu projeto político-partidário, que fingindo não ter nada a ver com nada, implementou ações para descentralizar, descaracterizar, e desacreditar a FENADADOS perante a categoria. Além disso, atacou frontalmente a democracia, contribuindo para desconstruir a unidade do conjunto dos trabalhadores. Essa prática, diga-se de passagem, é utilizada até hoje pela extrema direita para desestabilizar os movimentos sociais e sindical.

Esta campanha serviu de cenário para todo tipo de dificuldades, as empresas usaram e abusaram de suas criatividades para dificultar nossas vidas, inclusive apresentando um formato de mesa exclusivamente "político" composto por ex sindicalistas, principalmente no SERPRO. Na DATAPREV a situação conseguiu ser ainda pior, na qual a disputa se deu através do presidente da empresa Sr. Rodrigo Assumpçáo, que usou e abusou de seu cargo para estabelecer uma verdadeira rota de colisão com o conjunto dos trabalhadores e suas representações, chegando ao cúmulo de efetuar demissões, todas com caracteristica de perseguição e de cunho social, desvirtuando o papel social que a DATAPREV representa na sociedade Brasileira. Ressaltamos que os trabalhadores e suas representações conseguiram reverter esse quadro, que infelizmente está voltando a ocorrer.

Esta campanha totalmente atípica,, somada as dificuldades e a falta de vontade política das empresas em atender as reivindicaões da pauta, fez com que os trabalhadores (as) se organizassem em um movimento paredista, que no SERPRO representou a segunda maior greve no que se refere ao tempo de duração. porém, após aproximadamente trinta dias de greve, os trabalhadores (as), contrário ao posicionamento da FENADADOS, deliberaram pelo dissídio de natureza econômica ao contrário da DATAPREV que, a empresa queria o dissídio e os trabalhadores não.
Quando o SERPRO formalizou que não aceitaria ir para dissídio de natureza econômica, os trabalhadores (as) reavaliaram a posição do TST e aprovaram por maioria a proposta econômica da empresa. Quanto aos dias parados, receosos com que ocorreu na DATAPREV- que teve os dias descontados em pecúnia -, os trabalhadores (as) do SERPRO pressionaram aos sindicatos e a FENADADOS para retirar o dissídio de greve. A FENADADOS mais uma vez respeitou a decisão da categoria e conseguiu negociar a suspensão do julgamento do dissídio de greve. Porém, o TST exigiu que que a proposta fosse homologada no próprio orgáo.

Diante do exposto, entendemos que foi importante importante a mobilização para que conseguíssemos avançar na proposta inicial das empresas, que a princípio não se dispuseram a oferecer sequer a inflação do período e ainda tentaram retirar conquistas . temos a certeza de que este acordo não atendeu as nossas expectativas no que se refere ä pauta como um todo, mas foi o possível de ser negociado no momento.

Apesar de todas as dificuldades e dentro da atual conjuntura político-social, consideramos que foi uma conquista o Acordo Coletivo aprovado pela maioria dos trabalhadores (as), inclusive no RS, com a vigência de dois anos, até porque tivemos aprovada uma bandeira antiga da base que era o parcelamento do empréstimos-férias para os trabalhadores(as) admitidos (as) a partir de 1987. Não só isso, conseguimos ainda o parcelamento de férias para os trabalhadores (as) com idade acima de 50 anos, inflação do período, um abono de R$ 1.500,00. Outra novidade nessa campanha foi a opção de pagamento mensal da educação continuada. Soma-se a todas essas conquistas a manutenção de todas as cláusulas do ACT vigente e o ganho real de 1% ( Um por cento) de ganho real feito não conseguido pelos trabalhadores (as) de outras estatais com a mesma data base em o1 de maio.

terça-feira, 29 de março de 2011

SERPRO UMA HISTÓRIA CONTADA POR NÓS

SERPRO UMA HISTÓRIA CONTADA POR NÓS.



Janeiro de 1982, O SERPRO lança mais um processo seletivo. Uma enorme fila contorna a então 3ª. URO (Unidade regional de operação), em Fortaleza. O lindo dia de sol foi um dos protagonistas, irradiando um imenso calor, que somado a ansiedade da espera, acirrava mais a disputa por uma vaga naquela "imponente Empresa". Para muitos a oportunidade do primeiro emprego. A ausência do concurso público em nada diminuía a tensão daquele momento, afinal, enfrentávamos uma bateria de testes inclusive a tão subjetiva, porém determinante, ENTREVISTA. Ao final da seleção os vitoriosos seguiam rumo à ambientação, nessa época voltada exclusivamente para a atividade das futuras funções. Na ocasião também éramos apresentados às entidades representativas, logo compreendíamos a importância de nos agregarmos à elas, prova disso? o alto percentual de filiação ao Sindicato, Serpros e Ases. Chegada a grande hora, batíamos o ponto em um relógio afixado na parede lateral, na época era o que existia de mais moderno. Hoje com certeza está em algum museu da cidade. Finalmente éramos apresentados aos demais trabalhadores e trabalhadoras. Esses nos recebiam com respeito, viam em nós a figura do jovem que tinha muito a aprender e consequentemente a contribuir. Não quero dizer aqui que não tínhamos nossas diferenças, divergências e conflitos, vivemos tudo isso, porém sempre prevalecia o respeito à integridade das pessoas e das entidades representativas. Assim, passamos pelos grandes desafios, aprendemos e ensinamos, soubemos conviver com nossas diferenças e a partir delas construir uma relação profissional e pessoal, pautada no respeito e solidariedade, que se solidificou ao longo dos tempos.

Vivemos e convivemos com grandes dificuldades nas décadas de 80 e 90. Enfrentamos grandes investidas dos governos que passaram por nós. Sobrevivemos aos dez anos de sucateamento tecnológico e a perda de um dos maiores clientes na época: a CEF (Caixa Econômica Federal). A mudança de perfil da Empresa sem que tivéssemos sido devidamente preparados (à queima roupa!). As constantes ameaças de privatização.

Sempre lutamos! Porém não conseguimos evitar a demissão em massa do nada saudoso presidente Fernando Collor. Vale salientar que nesse período nada generoso jamais tivemos o privilégio de negociar um ACT que contemplasse a inflação do período. Acumulando uma defasagem de quase 100% nos nossos salários e gerando a tão falada perda histórica. Mesmo em meio a todas as dificuldades e adversidades da época respeitávamos nossas entidades representativas e priorizávamos o processo negocial. Jamais defendemos o dissídio coletivo. Mesmo quando tivemos que desmontar nossa greve com 0% de aumento e arcar com o ônus dos descontos dos dias. Essa história de luta, respeito, solidariedade e compreensão da importância do coletivo é que FEZ NASCER O ACT dos trabalhadores(as) do SERPRO. Construímos nossa história dentro da história do SERPRO.SERPRO: UMA HISTÓRIA CONTADA POR NÓS.

Em Fortaleza o sol continua lindo e irradiando um forte calor. A 3ª. URO agora recebe o nome de Regional Fortaleza. Assim o SERPRO chega aos 35 anos, alcança a maturidade e com a exigência do concurso público dá início a um novo tempo. A Empresa publica edital direcionado para técnicos e analistas. Tornando oficial a extinção do cargo de auxiliar.

Vale lembrar que houve concurso também em 84 e 96, porém, com um insignificante número de vagas. Na verdade, foi a política do governo Lula a partir de 2003 que fortaleceu o setor público, com inúmeros concursos em todos os segmentos. Somente no SERPRO, foram gerados mais de 2000 novos postos de trabalho.

Regada a champanhe surge a nova geração do SERPRO. Tecnicamente bem formados e com um egoísmo próprio das novas gerações. Partes desses jovens entram na Empresa estabelecendo um novo perfil: desrespeitando a experiência dos mais velhos, atacando as entidades sindicais, alheios ao esforço de quem preparou a Empresa para recebê-los. Seguem contribuindo para uma profunda mudança de comportamento da direção da Empresa e dos próprios trabalhadores e trabalhadoras. Essa mudança tem reflexo em todos os aspectos principalmente nas atividades sindicais coletivas. O maior exemplo disso é a campanha salarial 2009/2011 que serviu para explicitar a verdadeira colisão entre esses dois tempos. Deparamos-nos com um verdadeiro choque de gerações.

Fazendo uma verdadeira apologia ao dissídio coletivo. Elegendo o TST como instrumento legítimo de luta da classe trabalhadora. Transformando a FENADADOS em uma mera prestadora de serviços a curto prazo. Atacando a entidade e sua história de luta e negando o direito dos dirigentes sindicais de se posicionarem. Parte dos trabalhadores(as) do SERPRO seguiram campanha afora empunhando sua bandeira e com seus discursos polidos e despolitizados propagaram o individualismo, a falta de solidariedade e demonstraram um total desconhecimento da história de luta da categoria. Sem levar em consideração a história da construção do ACT estabeleceram nas assembléias um verdadeiro grito de guerra: “Preferimos perder para o TST! Queremos perder em conjunto!” Tentaram usar o ACT como uma forma de resolver seus problemas individuais, principalmente, os de gratificação. Assim sai de cena a avaliação política e entra o verdadeiro linchamento político e moral das entidades sindicais e seus representantes.

Em meio a tudo isso o SERPRO chega aos seus 45 anos, com uma confusa realidade estabelecida pela fragmentação dos trabalhadores e trabalhadoras tendo seu ponto crítico exatamente no encontro de gerações. A 5ª Empresa de TI da América Latina, tem hoje um verdadeiro loteamento de homens e mulheres: veteranos, novatos, auxiliar, auxiliar em disfunção, técnico com salário defasado, analista injustiçado, PSEs discriminados pelos órgãos, anistiados com salário parado no tempo, aposentados ativos e uma outra recente modalidade - grevistas e não-grevistas. Tudo isso favoreceu a Empresa a reforçar sua política unilateral e desagregadora. Prova disso podemos citar o PGCS.

Precisamos refletir profundamente sobre a importância da TI pública enquanto instrumento indispensável para o desenvolvimento mundial. Estamos inseridos em todas as categorias e ainda não temos a profissão regulamentada por lei. Temos uma cláusula no nosso ACT de grande importância que é a do dia do profissional de informática. Até agora nada fizemos para criar a identificação com a sociedade tão necessária para as nossas lutas. Precisamos ter a compreensão do novo contexto social e político, vivemos numa sociedade que exibe o descartável, individualismo a competição como se fosse conceitos básicos. Temos que fazer a "mea culpa", quando lutamos pelo concurso publico não nos preparamos para efetivamente receber os trabalhadores(as) e compreender o perfil da nova geração. Agora nos resta construir a unidade integrando as gerações pois de nada adianta a experiência de quem construiu a Empresa se não podermos contar com a tecnologia de ponta que a juventude tão bem domina. Então, para corrigir rumos e repensar o futuro é necessário que a direção da Empresa compreenda a importância de valorizar presente e passado e que as entidades sindicais não meçam esforços no sentido de interagir com os trabalhadores(as) de todas as idades e funções não apenas para fortalecer a empresa como um bem público, mas também para integrar O SERPRO DO PASSADO COM O SERPRO DE AGORA.

Telma Dantas- 29 anos de Serpro.



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segunda-feira, 25 de outubro de 2010

RESPOSTA POLÍTICA

Não é do meu costume tratar de questões políticas de modo pessoal. No entanto, face aos constantes ataques que tenho sofrido pelo grupo yahoo do SERPRO, notadamente pelos funcionários Strappazzon, Cláudia Amorim e outros que orgulhosamente exibem seu preconceito e ódio que a pretexto de "contribuírem" para os bons encaminhamentos da campanha salarial em curso, usam desse importante meio de comunicação para agredir-me de forma torpe, mesquinha e cruel.


Não podia e não posso ficar calada, sob pena de não honrar os compromissos políticos assumidos perante meu mandato de Secretária de Formação da FENADADOS, Presidenta do SINDPD/CE, Coordenadora do ACT 2008/09, mãe, mulher e, sobretudo, de militante política que busca contribuir para o processo de organização e autonomia da classe trabalhadora.


Reconheço que é da nossa cultura sindical que os embates sejam duros e incisivos. Agora, ataques desse porte e eivado de preconceitos soa estranho e descabido, completamente à margem do espectro ideológico em que normalmente tratamos as nossas questões políticas fundamentais.


Há que se separar o pessoal do político. Se é próprio da direita golpista criminalizar os movimentos sociais, assassinar reputações de militantes socialistas históricos, não podemos admitir em nosso meio que essa forma vil de se fazer política se torne corriqueira. Basta, Senhor Strappazzon,


Sou daquelas que aceitam uma boa provocação. Não é o que o senhor faz. O Sr. me insulta, me calunia e ataca a minha honra. Irei chamá-lo em juízo, caso o Sr. não se retrate publicamente, visto que a prova cabe a quem acusa. Chega de vilanias a guisa de política.


Quanto às nossas lutas, tenha claro que ela continuará com as mesmas dinâmicas de combatividade, democrática, transparente e guiada pelas assembléias de base. Ninguém, nem mesmo o Sr. terá qualquer tipo de privilégio. Sindicato é pra lutar. E continuaremos lutando. Para quem não contribuiu com um tijolo se quer na construção da história da nossa categoria como o senhor, figa fácil querer destruí-la. O movimento sindical não é o fim de si mesmo e sim o resultado de luta suor e sangue da classe trabalhadora, não conspiramos contra nossos próprios interesses, lutamos sim por uma sociedade mais justa e igualitária.


Telma Dantas

Trabalhadora do Serpro há 28 anos

quarta-feira, 13 de outubro de 2010

Eleições 2010

Companheiros e companheiras.

Estamos vivendo um momento muito especial da história política do nosso Brasil. Esta eleição não é apenas mais um belo espetáculo da democracia, nela está em jogo um projeto político que trouxe alento para nosso povo e um novo rumo para nosso país.
Não podemos deixar ,em hipótese alguma, que este momento de prosperidade e esperança seja interrompido pelo PSDB. Quando este esteve na presidência, governou de forma perversa, sendo contraditório seu discurso de campanha quando afirma que irá melhorar a vida do povo brasileiro. Vendeu o patrimônio brasileiro a preço irrisório e sem retorno financeiro e social. Como se não bastasse, fomos presenteados com uma inflação galopante, negociações coletivas abaixo da inflação do período, gerando assim uma perda de quase 100% em nossos salários. Alto índice de desemprego, falta de investimento em infra-estrutura chegando à ameaça de um apagão, baixa recuperação do poder de compra do salário mínimo, falta de investimento na agricultura familiar, crédito escasso, educação e saúde. Esses são apenas alguns ítens que jamais poderão ser esquecidos pelos eleitores no dia 31 de Outubro, sob pena de voltarmos a viver esta época nada saudosa.

EM CONTRAPARTIDA: jamais devemos esquecer que o presidente Lula com a participação da Dilma, seu braço direito no governo, fortaleceu as estatais através do concurso público, diga-se de passagem "bandeira antiga do movimento sindical", recuperou o poder de compra do salário mínimo como jamais tinha acontecido, implementou o projeto minha casa minha vida, que está trazendo dignidade e qualidade de vida para as pessoas de baixa renda, luz para todos, trazendo para as pessoas que viviam na mais completa escuridão o benefício da eletricidade, possibilitando o direito à cidadania e à vida, o bolsa-família que movimentou a economia no interior e incentivou as crianças a estarem na escola com acompanhamento dos pais e auxiliando também na saúde das crianças beneficiadas, pois o mesmo exige a vacinação em dia, gerou mais de 14.000.000 de empregos com carteira assinada, o fortalecimento do Mercosul, da política internacional, queda progressiva da taxa de juros, aumentou das reservas internacionais, redução do risco país, pagamento da dívida com o FMI, criação de um novo modelo energético predominando critérios ambientais, criando 32 usinas, investimento no biodiesel, programa de agricultura familiar, crédito para o agro-negócio, investimento em infra-estrutura saneamento básico, ampliação e modernização dos aeroportos, reativação da indústria naval, e tantas outras coisas boas que estamos vivendo nesses tempos de governo LULA.

O que não podemos deixar de pensar é no quanto seria importante continuarmos esse projeto com uma mulher que participou ativamente dessa transformação para melhor. Dilma não é apenas uma mulher escolhida para sucessão do Lula ela é a mulher que teve a coragem de topar o desafio de ser o braço direito de um presidente que no início de seu mandato, foi perseguido pela elite brasileira e que só conseguiu continuar seu projeto porque teve o apoio dos movimentos sociais. Ela esteve ao lado do nosso presidente em todos os momentos, o Brasil cresceu com a participação da Dilma. Não podemos deixar que o PSDB desqualifique uma mulher de coragem e competência como a nossa futura Presidenta.


Chegou a hora do corpo-a-corpo em nossos condomínios, ruas, bairros , escolas, praças e feiras. Eleger a DILMA é renovar a esperança da esperança.

Telma Dantas

Relembrando os momentos mágicos do Coral

Não podemos permitir que a roda da vida, nos afaste dos amigos e das boas lembranças. Essa vai para nosso grande amigo Dudu e seu Coral que encantou a todos.

O Coral nos bastidores.

Um dia Mestre Dudu, inventoso como é,
Resolveu formar um coral,
Com a maioria mulher.

Veio gente de toda banda,
De tudo que era cidade, veio até o Mestre Assis,
Tocando com liberdade.

No meio de tanta gente,
Tinha soprano, primeira e segunda voz,
Tinha até a Ivoneide,
Com seu jeito veloz.

A Mariza se empolgou com o convite ligeiro,
Até já esqueceu o Rio de janeiro.

Então mestre Dudu junta o povo pra ensaiar,
com seu jeito brincalhão, pega o violão e começa a trabalhar.
Xinga daqui, xinga de lá,
Se irrita até a cabeça coçar.

Os homens do Coral, entram com o vozeirão,
Colocando em nós mulheres o calor no coração.

Depois de tanta confusão,
O povo acerta a voz, o mestre Dudu então relaxa e encanta a todos nós.

sábado, 24 de abril de 2010

Passeata de abertura do Fórum Social Mundial. Belém do Pará 2009.

Belém do Pará, aproximadamente 16 horas, atraca no porto o navio que trouxe em seu interior um grupo de africanos. Desta vez, esses homens e mulheres não vieram amarrados ao porão e sim para somar-se aos povos vindos de todas as partes do planeta, materializando o sonho de construir um mundo melhor a partir da riqueza das diferenças. A multidão segue rumo à principal avenida da capital Paraense. Essa parece compreender a magnitude daquele momento e num gesto de respeito e amor acolhe os filhos vindos de todas as partes da terra.

A tarde tornou-se mágica, o mundo assistiu a integração da vida através do lindo espetáculo, da mistura de sotaques, cores e línguas jamais vistas em tão grande diversidade. Como a consagrar esse momento de comunhão, São Pedro abençoou a todos com uma chuva torrencial como a lavar todo e qualquer preconceito que por ventura teimasse em sobreviver.

Não dá para descrever a emoção que pairava no ar, era visível a felicidade no rosto das pessoas. Tenho certeza de que os homens e mulheres que participaram daquele momento, levarão para sempre nos corações e mentes a certeza de que a partir dali. Um “OUTRO MUNDO É POSSÌVEL”.